domingo, 14 de setembro de 2008

Alan Greenspan, ex-presidente do Fed, critica proposta de McCain

da Efe, em Washington

O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) Alan Greenspan criticou cortes fiscais prometidos pelo candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, em seu programa eleitoral.

"A menos que cortemos a despesa, não", disse Greenspan. Ele afirmou que a menos que se corte despesas, não são possíveis reduções impositivas --medidas que foram situadas por alguns cálculos em torno de US$ 3,3 trilhões (R$ 5,8 trilhões).

Brian Snyder /Reuters
















John McCain ao lado de sua vice, Sarah Palin; propostas de senador foram criticadas

"Não sou partidário a financiar cortes tributários com crédito. Sempre vinculei esses cortes a uma redução da despesa", disse o ex-responsável pela política monetária americana.

Entre as propostas de McCain estão redução de impostos às empresas, eliminação de gastos no Congresso que considera desnecessários e uma reestruturação do sistema de previdência social e da assistência médica aos idosos.

Os democratas se apoiaram imediatamente nos comentários de Greenspan para atacar o programa econômico do candidato republicano, que, no ano passado, disse que não conhecia muito sobre a economia do país.

Os gastos do Congresso que McCain propõe cortar, segundo os democratas, chegam a US$ 17 bilhões (R$ 30,2 bilhões). "Isso é muito dinheiro, mas não cobre nem de longe os US$ 3,5 trilhões em cortes fiscais", afirmou a senadora pelo Missouri Claire McCaskill.

A campanha de McCain reagiu aos comentários. "A proposta de cortes fiscais do senador McCain é modesta em comparação a seus planos para diminuir o crescimento brutal da despesa federal", afirmou o porta-voz do candidato, Tucker Bounds.

O candidato republicano, que se opôs aos cortes fiscais aprovados pelo presidente George W. Bush em 2003, agora afirma que os manterá.

Barack Obama, o candidato democrata, disse que cancelaria esses cortes para as famílias que recebem mais de US$ 250 mil (R$ 446 mil) ao ano. Com esse dinheiro, financiaria reduções tributárias para as famílias de classe média e trabalhadora.

Folha On Line

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