sábado, 30 de agosto de 2008

Tomar decisões extenua o cérebro

O cérebro é como um músculo: quando cansado torna-se menos eficaz.

por On Amir

A mente humana é uma máquina notável, porém limitada. Recentemente, um conjunto crescente de pesquisas tem focalizado certa limitação mental, relacionada à nossa capacidade de usar uma peculiaridade da mente conhecida como função executiva. Quando se concentra em uma tarefa específica por um período prolongado ou se opta por comer uma salada em vez de um pedaço de bolo, os músculos da função executiva estão sendo flexionados. Os dois processos mentais exigem esforço consciente ─ de resistir à tentação de deixar a sua mente vagar ou de sucumbir ao prazer da sobremesa. O problema é que a utilização da função executiva ─ um talento em que todos confiam do começo ao fim do dia ─ recorre a uma única fonte cerebral de capacidade limitada. Quando esse recurso é esgotado por uma atividade, nossa capacidade mental pode ser seriamente reduzida para outras atividades aparentemente estranhas.

Imagine que precisa tomar uma decisão muito difícil, por exemplo, decidir entre duas ofertas de emprego, qual aceitar. Uma posição oferece boa remuneração e segurança, mas é bastante trivial, enquanto que outra é realmente interessante e oferece remuneração razoável, mas não proporciona segurança. É claro que você pode resolver este dilema de muitas maneiras. Poucas pessoas, no entanto, diriam que sua decisão seria afetada ou influenciada por ter resistido ou não, ao desejo de comer biscoitos antes de estudar as ofertas de trabalho. Uma década de investigação psicológica sugere o contrário. Atividades independentes que sobrecarregam a função executiva têm efeitos prolongados importantes, e pode perturbar a capacidade de tomar uma decisão séria. Em outras palavras, você poderá escolher o emprego errado porque não ter comido um biscoito.

UOL Ciência e Saúde

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